Olga e julio prestes

1)Final da década de 1920
A)Atuação de Olga no período;
Olga Benário Prestes (Munique, 12 de fevereiro de 1908 — Bernburg, 23 de abril de 1942)
Olga Benário prestes foi uma jovem militante comunista alemã, de origem judaica, deportada pela ditadura getulista para a Alemanha, onde veio a ser executada pelo regime nazista em campo de concentração. Veio para o Brasil na década de 30, por determinação da Internacional Comunista, para apoiar o Partido Comunista do Brasil. Destacada como guarda-costa de Luís Carlos Prestes, tornou-se sua companheira, tendo com ele uma filha, Anita Leocádia Prestes.
Olga entrou para a Juventude Comunista com 15 anos, tendo uma atuação política muito forte no partido alemão. Cinco anos depois, resgatou o professor comunista Otto Braun durante seu julgamento, numa ação com outros militantes. Por causa das divergências políticas com a família conservadora, Olga saiu de casa. Em 1928, foi enviada pelo partido à União Soviética, onde recebeu treinamento militar pelo Exército Vermelho. Com apenas 20 anos, Olga tornou-se dirigente da Internacional Comunista, já dirigida por Stalin. Devido ao treinamento, Olga recebeu em 1934 a tarefa de cuidar da segurança pessoal de Luís Carlos Prestes, na viagem ao Brasil para comandar o frustrado golpe de 1935. Prestes era um líder do movimento tenentista brasileiro, que aderiu ao Partido Comunista, já hegemonizado pelo stalinismo. A tentativa de golpe de 1935, articulada dentro das forças armadas, praticamente desligado do movimento de massas, foi a expressão no Brasil, de um curto período ultra-esquerdistas nos métodos de luta da Internacional.
Em 1928 Olga participou da libertação a mão armada de seu amante, prisioneiro também comunista, Otto Baron. Fugiu para a união soviética de onde em 1934 foi mandada para o Brasil acompanhado Luiz Carlos Prestes militar e líder tenista convertido ao convertimento ao comunismo, que dirigiu o levante, á revelia da liderança formal do Partido comunista Brasileiro em articulação direta da Internacional composto pela companheira de Pretas, a comunista Olga Benário.
No Brasil, Prestes encontra o recém constituído movimento Aliança Nacional Libertadora (ANL), de cunho antifascista e antiimperialista, que congregava tenentes, socialistas e comunistas descontentes com o Governo Vargas. Prestes procura então aliar o enorme crescimento da ANL, com a retomada de antigos contatos no meio militar para criar as bases que julgava capazes de deflagrar a tomada do poder no Brasil. Em julho de 1935 divulga um manifesto exigindo "todo o poder" à ANL e a derrubada do governo Vargas.
B)-Atuação de Prestes no período
Em outubro de 1924, já capitão, Luís Carlos Prestes liderou um grupo de rebeldes na região missioneira Rio Grande do Sul, saiu de Santo Ângelo, e se dirigiu para São Luiz Gonzaga onde permaneceu por dois meses aguardando munições do Paraná, que não vieram. Aos poucos foi formando o seu grupo de comandados que vieram de várias partes da região. Rompendo o famoso "Anel de ferro" propagado pelos governistas, rumou com sua recem formada coluna para o norte até Foz do Iguaçu. Na região sudoeste do estado do Paraná, o grupo se encontrou e juntou-se aos paulistas, formando o contingente rebelde chamado de Coluna Miguel Costa-Prestes, com 1500 homens, que percorreu por dois anos e cinco meses 25.000 km. Em toda esta volta, as baixas foram em torno de 750 homens devido à cólera, à impossibilidade de prosseguir por causa do cansaço e dos poucos cavalos que tinham, e ainda poucos homens que morreram em combate.
c)-Contexto político e econômico;
*No Brasil
A economia cafeeira em São Paulo foi o grande motor da economia brasileira desde a segunda metade do século XIX até a década de 1920. Como o Brasil detinha o controle sobre grande parte da oferta mundial desse produto, podia facilmente controlar os preços do café nos mercados internacionais, obtendo assim lucros elevados. Segundo Celso Furtado, o maior problema deste sistema econômico era que, sendo o Brasil um país abundante em terras disponíveis para a agricultura e em mão-de-obra sub empregada, os lucros obtidos incentivavam novas inversões de capitais no setor, elevando gradualmente a oferta de café a ser exportado. Por outro lado, a demanda mundial de café tinha a característica de ser inelástica em relação ao preço e à renda dos consumidores, isto é, o seu crescimento dependia fundamentalmente do crescimento populacional dos países consumidores. Assim, tinha-se uma situação de crescimento da oferta de café muito superior ao crescimento de sua demanda, indicando uma tendência estrutural de baixa de preços no longo prazo.
A crise internacional de 1929 exerceu imediatamente um duplo efeito na economia brasileira: ao mesmo tempo em que reduziu a demanda internacional pelo café brasileiro, pressionando seus preços para baixo, impossibilitou ao governo brasileiro tomar empréstimos externos para absorver os estoques excedentes de café, devido ao colapso do mercado financeiro internacional. Todavia, o governo não poderia deixar os produtores de café a sua própria sorte e vulneráveis os efeitos da grande crise; o custo político de uma atitude como essa seria impensável para um governo que ainda estava se consolidando no poder, como era o caso do governo de Getúlio Vargas no início da década de 1930. Por isso, a partir deste período, o Estado brasileiro passou a desempenhar um papel ativo na economia nacional.
*Na Europa
O contexto econômico é simples, os países Europeus envolvidos na guerra gastaram verdadeiras fortunas importando produtos americanos, que por sua vez viam a indústria crescer exponencialmente (fator principal da crise de 29).

Quanto a política, acabara de ser assinado em 1919 o tratado de Versalhes que viria por terminar definitivamente a Primeira Guerra. Este, por sua vez, "afundou" de vez a Alemanha, que levou culpa total pela Guerra.
Ela [Alemanha] teve que "devolver" território, perdeu direito de se armar por um longe período e teve, acima de tudo, um grande reflexo na população que se via humilhada. Eis o motivo pelo qual Hitler acaba sendo "eleito", com uma campanha totalmente "Pró-Alemanha" ele ganha a confiança da população e inicia o período fascista.
3)Aproximação do casal Olga Benário e Luis Carlos prestes;
Ambos defendiam as mesmas ideais políticas
Olga nunca foi Olga e sim uma espiã comunista que veio aqui com a missão de derrubar o governo militar e instalar de vez aqui um governo comunista sob a batuta de Moscou. Prestes era um traidor que ficou do lado russo para tentar ser alguém já que nunca passou em simples tenente do exército.
Preste era um simples contado de Moscou aqui com quem Olga Benário(nome falso) deveria se encontrar para dar inicio a revolução mas foram descobertos para o bem do nosso país.O envolvimento deles era apenas estratégico para despistar o governo mas casaram se envolvendo pra valer, o que contrariou as ordens de Moscou.
5)Separação do casal;
Depois de tantas perseguições em que estavam sendo perseguidos incansavelmente ,decidiram se separar e logo após foram presos.O Governo Getúlio Vargas deu de bandeja Olga Benário aos Nazistas por ela ser Judia, era tempo de guerra, estava grávida e após o nascimento da filha, foi morta nos campos de concentração e a mãe de Prestes conseguiu trazer a neta para o Brasil no Rio de Janeiro.
Em março de 1936, Prestes é preso, perde a patente de capitão e inicia uma pena de prisão que durará nove anos. Sua companheira Olga Benário, grávida, é deportada e morre na câmara de gás no campo de concentração nazista Ravensbrück. A criança, Anita Leocádia Prestes, nasceu em uma prisão na Alemanha, mas foi resgatada pela mãe de Prestes, após intensa campanha internacional.
7)Atuação política de Luis Carlos preste após a morte de Olga
Com o fim do Estado Novo, Prestes foi anistiado, elegendo-se Senador.
Assumiu a secretaria geral do PCB. O registro do partido foi cassado, e novamente Prestes foi perseguido e voltou à clandestinidade.
Na Assembléia Constituinte de 1946, Prestes liderava a bancada comunista de 14 deputados composta por, entre outros, Jorge Amado, eleito pelos paulistas, Carlos Marighela, pelos baianos, João Amazonas, o mais votado do país, escolha de 18.379 eleitores do Rio, e o sindicalista Claudino Silva, único constituinte negro, também eleito pelo Rio.
Durante a Constituinte, Prestes fechou questão, a favor da emenda nº 3.165, de autoria do deputado carioca Miguel Couto Filho, tal emenda dizia: "É proibida a entrada no país de imigrantes japoneses de qualquer idade e de qualquer procedência".
Em 1951, conheceu sua segunda companheira, a pernambucana Maria, que passa a se chamar Maria Prestes. Maria era mãe de dois meninos, Pedro e Paulo. Da união com Prestes nasceram outros sete filhos: João, Rosa, Ermelinda, Luiz Carlos, Zoia, Mariana e Yuri. Prestes e Maria viveram juntos por 40 anos, até a morte de Prestes.